Melatonina, Uma Grande Aliada Do Sono: Conheça A Sua Importância Para A Saúde

Uma péssima noite de sono já traz consequências no dia seguinte, como estresse, fadiga, entre outros sintomas. Imagina quem dorme pouco e mal frequentemente? 

Infelizmente, essa é a realidade de pelo menos 65% dos brasileiros, segundo um estudo publicado na Sleep Epidemiology em 2022. 

Para entender melhor como uma boa noite de descanso traz benefícios para nossa saúde, trouxemos algumas informações sobre um importante hormônio que produzimos naturalmente, a melatonina. 

Neste artigo, veremos como ela se relaciona com o nosso ciclo do sono e como podemos aumentar sua produção.

O Que É Melatonina?

Como falamos anteriormente, a melatonina é um hormônio que o nosso corpo produz naturalmente, através da glândula pineal. 

A sua liberação é noturna, ajudando a regular o ciclo circadiano, que é uma espécie de relógio biológico do organismo para nos vincular com as 24 horas da Terra. Ou seja, dormir à noite, no escuro, e ficar acordado de dia, na claridade. 

Funciona assim: a nossa retina percebe a falta de luz e envia uma mensagem para o núcleo supraquiasmático, que repassa a informação para a glândula pineal.

Então, inicia-se a produção de melatonina, avisando ao corpo que é hora de dormir. O pico de liberação costuma acontecer entre 2h e 3h da madrugada, variando de acordo com o organismo de cada pessoa.

Pela manhã, na presença de luz, o organismo recebe a informação da mesma forma e cessa a liberação do hormônio do sono.

Quais Os Benefícios Que A Melatonina Traz Para Nossa Saúde?

Já vimos que ela é essencial para uma boa noite reparadora e revigorante, logo, entendemos o quanto isso contribui para o nosso bem-estar geral, já que a perda do sono pode até causar doenças crônicas e transtornos como depressão e ansiedade.

A melatonina tem função antioxidante, fortalecendo o sistema imunológico e protegendo nosso sistema nervoso, auxiliando no combate à degradação de neurônios. Por isso,acaba ajudando na prevenção de doenças como o Mal de Alzheimer. 

O hormônio também possui efeito vasodilatador: ou seja, diminui a pressão arterial sistêmica, protegendo o coração e prevenindo arritmias, doença arterial coronariana, hipertensão, entre outros distúrbios.

O Que Causa Sua Queda No Organismo?

Alguns fatores podem causar uma redução da melatonina no nosso corpo. É preciso ficar atento para que isso não prejudique a qualidade do sono.

A luz azul pode inibir sua produção, já que nosso cérebro precisa identificar o escuro da noite para poder enviar informações para a glândula pineal, e acaba se confundindo com a claridade. Hábitos como assistir TV, ficar mexendo no celular ou outros eletrônicos antes de dormir, podem desequilibrar o ciclo circadiano.

Com o envelhecimento, os níveis do hormônio diminuem naturalmente. Estima-se que, aos 60 anos, o organismo produza cerca de 1 ⁄ 4 da quantidade de quando era jovem. Porém, é um processo natural da idade, assim como o enfraquecimento dos ossos e a perda de massa muscular.

Por último, alguns fármacos betabloqueadores podem também inibir a estimulação dos receptores relacionados à melatonina.

Quando É Preciso Suplementar?

O composto sintético da substância é muito eficaz para tratar certos tipos de distúrbio do sono, como o jet lag (alteração no ritmo circadiano causada por viagens aéreas com grandes diferenças de fuso horário). Outro é a síndrome do atraso de fase, que faz a pessoa dormir e acordar mais tarde.

É muito útil também para pessoas que enfrentam interrupções na regularidade do sono, provocando um desalinhamento entre o relógio interno e o horário externo.

Por ter uma poderosa função de indução ao sono, muitas pessoas acham que melatonina é a solução para os problemas de insônia. Porém, como todo e qualquer hormônio, não é seguro sair tomando sem uma orientação médica antes. O especialista irá analisar com cuidado e ver se há mesmo necessidade de suplementar.

Para concluir, entendemos que a melatonina não deve ser encarada como um medicamento para dormir, e sim como um hormônio naturalmente produzido pelo próprio corpo e que regula o nosso sono. 

Quando nos expomos à luz, mesmo que seja a azul que os eletrônicos emitem, o nosso cérebro se confunde, diminuindo a produção da substância e podendo até desregular o ritmo circadiano. 

Portanto, caso você sinta qualquer desequilíbrio na qualidade do seu sono, é preciso consultar um médico para que ele faça a suplementação adequada. 

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